Uso precoce de smartphones, tablets e outros dispositivos podem causar danos irreversíveis às crianças, adolescentes e adultos, incluindo a visão

Já alertado em postagem no Blog do Centro Especializado da Visão, o site da CBS divulga importante estudo sobre o uso precoce de gadgets por crianças. 

 

Sabemos que o acesso às telas digitais de celulares, ipads, computadores, tv e videogames tem se tornado cada vez mais precoce entre as crianças e os adolescentes de hoje.

 

Diariamente são compartilhados em vários sites e canais os malefícios que o excesso do uso de celulares causa aos seus milhões de usuários e, mesmo assim o número de horas que as pessoas passam em seus equipamentos só tem aumentado.

 

Porém, diferente dos adultos que têm consciência dos danos, as crianças não sabem, e veem sendo expostas desde bebê pelos pais a essas tecnologias.  Por isso, é de extrema importância estudos que alertam sobre o assunto.

 

O estudo feito pela NIH (Instituto Nacional de Saúde, em sigla em inglês), divulgado no início do mês apresentou as consequências desse comportamento no desenvolvimento cerebral. Com um custo de aproximadamente US$ 300 milhões, conduzido por dez anos, em 21 cidades, com 11.000 pessoas, mediu que tipo de alteração esses dispositivos pode gerar.

 

Uma prévia dos resultados foi divulgada na reportagem do programa “60 minutes’’, da CBS, que demonstrou diferenças significativas no cérebro, principalmente com as imagens coletadas por ressonância magnética (IRM). 

 

Para alertar sobre o uso desses dispositivos, que apesar de parecerem inofensivos a longo prazo podem causar danos irreversíveis, pontuamos as partes mais relevantes, que incluem problemas nas partes sensoriais, como a visão. Confira:

 

O uso repetido de tela provoca degeneração do córtex cerebral, com possível diminuição da receptividade de informações sensoriais (visão, audição, tato, olfato, paladar), devido ao baixo estímulo durante o uso desses dispositivos.
Também existem sinais de um aumento considerável no processo de envelhecimento cerebral relacionados ao uso de tela.

 

Para evitar esse dano, sugerimos alternar o uso da tela com outras atividades, assim as demais áreas sensoriais também são estimuladas.

 

O excesso no uso de mídias sociais também detectou o aumento da liberação de dopamina, um neurotransmissor relacionado ao vício, como uma droga. Se pensarmos nos adolescentes que estão conectados 24 horas por dia, isso pode ser um problema.

 

Uma dica é conscientizar os filhos e sugerir que ao invés de conversar com os amigos on-line, ele busque ver pessoalmente a turma, além de ser mais divertido.

 

Crianças que aprenderam a empilhar blocos e jogar em 2d (por exemplo Minecraft), ao contrário do que se pensava, não conseguiram transferir essas habilidades para montar blocos em 3d. Ou seja, a habilidade serviu apenas para o computador, não para a vida real. Outra consequência é a redução no desempenho em testes de linguagem e matemática.

 

Incentivar as crianças a mesclar os tipos de jogos, acrescentando jogos de tabuleiro como xadrez pode ser uma ótima alternativa, além de desenvolver o raciocínio lógico e ajuda na matemática.

 

Um fator que preocupa os especialistas é a correlação entre automutilação em meninas adolescentes e uso de redes sociais (que ainda será melhor estudada para comprovar se faz mesmo sentido).

 

Em contrapartida, adolescentes que usaram as redes sociais por menos de 30 minutos ao dia apresentaram muito menos sintomas depressivos ou auto destrutivos do que os que usaram por mais tempo. 

 

O Centro Especializado da Visão aconselha que as pessoas  de modo geral reduzam o uso de telas digitais. No caso das crianças, os pais precisam acompanhar e controlar.

 

Gostou das dicas? Então compartilhe com seus amigos e familiares, assim conscientizamos mais pessoas a usarem de forma saudável esses equipamentos, sem causar danos a saúde.

 

Fonte: https://www.cbsnews.com