Informações:
CBO e Centro
Essas três características a tornam rara em meio a tantas outras doenças da visão: ser hereditária, irreversível e degenerativa. A Retinose Pigmentar constitui uma série de alterações genéticas, os primeiros sintomas ocorrem com a perda da visão periférica e noturna. Os pacientes descrevem como uma tela de celular sem brilho, cercada por uma borda, assim como um local iluminado por uma vela.
Nos jovens é considerada uma das causas mais comuns de cegueira, dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia - CBO, afirmam que sua incidência é de 0,025% (em média 1 para cada 3.500 a 4.000 indivíduos), por ser transmitida geneticamente, é levado em conta o número de portadores, que chega a 1,25% da população.
O gene causador pode pular até duas gerações. É possível para quem já tem histórico da doença na família, fazer os exames para o diagnóstico precoce.
A Retinose e a perda da visão:
Boa parte das manifestações iniciam na adolescência e a perda visual é resultado da degeneração progressiva da retina que se inicia pelas células dos olhos (bastonetes), responsáveis por ajudar na visão em condições de luz baixa.
Infelizmente essa degeneração aumenta, principalmente nas regiões periféricas da retina. A piora acaba afetando a visão diurna quando a degeneração atinge mais dessas células fotorreceptoras (capazes de captar a luz do ambiente onde estamos), localizadas na região central da retina gerando perda da visão central nos pacientes adultos.
O exame de fundo de olho é o responsável pelo diagnóstico, nele o oftalmologista vai analisar a retina. Complicações adicionais podem ser identificadas no mesmo procedimento, como o edema macular (inchaços na região da retina) e, mais raramente, hemorragias no local.
Também é recomendado o teste genético para avaliar qual tipo de alteração é responsável pela doença no paciente. Como são muitas alterações genéticas e todas apontadas como causa, não existe uma cura específica, ainda.
Tratamento
Já surgiram algumas especulações e até apontamos falsos pelas redes sociais e internet, apesar de atraentes, o único tratamento é aquele com resultado concreto, publicado e realizado por médicos oftalmologistas.
No Brasil, a Universidade Estadual de São Paulo já expôs que está pesquisando possibilidades nas linha da terapia gênica e até mesmo estudos sobre a suplementação de vitamina A para diminuir a velocidade da perda de resposta das células da retina.
Por último, a Universidade de Oxford (na Inglaterra), em 2017, publicou resultados de testes clínicos em ratos, onde lograram reprogramar as células fotorreceptoras restantes em seus olhos para aumentar a sensibilidade à luz. Os ratinhos, meses seguintes ao tratamento, foram capazes de se localizar melhor no ambiente em que estavam e até mesmo de reconhecer objetos.
Até o momento a Retinose Pigmentar não tem cura ou tratamento comprovado em humanos. Estamos acompanhando.
Ver Bem é Viver Melhor – Centro Especializado da Visão | São Bento do Sul/SC
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Não é tão comum ouvir sobre a Retinose Pigmentar. Mas a doença existe e é séria. Em seu estágio avançado pode levar o paciente à cegueira de forma irreversÃvel. Saiba identificar!