Informações:
CBO
Em 2014 o CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) divulgou um número chamativo na edição 5 da revista veja bem: “a cada 100.000 pessoas no mundo, de 4 a 600 delas desenvolvem o ceratocone”.
Hoje exatos 5 cinco anos depois este número vem crescendo significativamente, para quem não sabe o ceratocone também é conhecida como distrofia contínua e progressiva que afeta à parte transparente do olho (córnea), deixando-a menos resistente e fina.
Em relação a aparência o que muda é que com a pressão intraocular à espessura e o seu formato acabam mudando, resultando em uma aparência pontiaguda.
Para esclarecer melhor separamos as principais dúvidas sobre a doença:
Quando se desenvolve e quais sintomas apresenta?
A faixa etária mais propícia a desencadear é de entre 13 e 18 anos, em 90% das vezes afeta os dois olhos, independente do gênero da pessoa à porcentagem é a mesma. Sua progressão ocorrer de 6 à 8 anos após o diagnóstico, podendo estabilizar depois deste período.
Fotofobia, irritação, ofuscamento, embaçamento ou distorções moderadas tende à ser os principais sintomas.
Muitas vezes por ser dificilmente percebida acaba sendo confundida com astigmatismo e até mesmo miopia.
O que causa essa doença?
Infelizmente não existe uma razão 100% concreta, mas devido aos históricos acredita-se estar ligada com genética, de origem hereditária e também influenciada por condições clínicas da pessoa. Com isso os portadores da doença precisam estar atentos, outras síndrome como Down, Turner, Ehlers e Marfan também influenciam.
Como é realizado o diagnóstico?
Se o oftalmologista suspeitar na consulta em função dos sintomas, será realizado uma Topografia Corneana Computadorizada ou Fotoceratoscópica – ambos os exames fazem um estudo topográfico e profundo da superfície da córnea.
O gráfico vai conter cores e números que vão detalhar o quadro ao médico, porém é importante ressaltar que mesmo com um diagnóstico precoce nem sempre será possível conter a evolução da doença, mas as visitas periódicas vão ajudar no tratamento.
Tem cura? Que tipos de tratamento existem?
Infelizmente o ceratocone não tem cura. Entretanto com a constante evolução na área de oftalmologia existem tratamentos que melhoram a visão do portador, dando estabilidade e diminuindo as deformidades da córnea.
Separamos alguns dos principais tratamentos disponíveis atualmente:
Óculos ou lentes
Quando o caso não é grave ou avançado, o uso de óculos ou a adaptação com lentes corretivas são boas opções. No caso das lentes, elas vão substituir a superfície irregular da córnea por uma regular, melhorando a percepção das imagens.
Diferente do óculos, as lentes servem tanto para casos iniciais quanto mais graves, o oftalmologista vai indicar o modelo depois de analisar o desenho mais apropriado para o estágio da doença do paciente. Importante: a cada uso as lentes precisam ser devidamente higienizadas.
Outro detalhe é que de 6 em 6 meses o paciente deverá refazer a avaliação de adaptação, pois lentes mal adaptadas podem favorecer a progressão da doença ou até causar perdas de transparência na córnea.
Cross-Linking
Trata-se de uma combinação de radiação ultravioleta (UVA) e vitamina B2 a qual a córnea é exposta, esta ação aumenta a produção de ligações entre as fibras de colágeno e fortalece a mesma, opção recomendada para quem já apresenta uma boa visão com os óculos ou lentes e não tem o quadro avançado.
Neste caso, este procedimento vai evitar a progressão da mesma e como resultado o ceratocone será estabilizado.
Cirurgia de ceratocone ou Anel intracorneal
Estes dois procedimentos são indicados quando a pessoa está no seu estágio moderado, são implantados dois anéis ultrafinos que irão atuar como um esqueleto que vai remodelar e diminuir a curvatura da córnea, deixando a superfície mais regular. Os Anéis de Ferrara são os mais comuns, além disso a técnica pode ser revertida sem danos a córnea. Depois do procedimento o paciente precisará usar lentes ou óculos para obter maior qualidade na visão.
Transplante de córnea
O transplante é apenas em estágios avançados, este procedimento consiste na substituição de toda (transplante penetrante) ou de parte (transplante lamelar ou endotelial) da córnea.
É uma parcela muito baixa de pacientes que submete-se ao transplante, embora a recuperação seja lenta, os resultados ajudam significativamente na melhora.
Claro que para qualquer sintoma é necessário uma avaliação do oftalmologista, ele que vai indicar o tratamento mais adequado. Na maioria das situações, o problema é solucionado com óculos, lentes de contato ou cirurgia. Segundo as estatísticas, apenas 10% dos casos evoluem para transplante de córnea.
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